A Universidade Estadual de Maringá (UEM) teve mais dois projetos aprovados na 46ª Chamada dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os novos listados se somam ao Instituto Nacional de Pesquisa e Inovação em Imagem Fototérmica (INPIIF), coordenado pelo professor Mauro Luciano Baesso e selecionado na divulgação preliminar de abril deste ano. Com isso, a universidade passa a coordenar três grandes redes científicas reconhecidas nacionalmente.
A chamada, que contou com suplementação de R$ 135,6 milhões em relação ao valor inicial, resultou na seleção de 143 propostas – cerca de 20% a mais do que o previsto. O investimento total, de R$ 1,63 bilhão, marca a maior edição da história do programa. A ampliação só foi possível com a adesão de cinco novas fundações de amparo à pesquisa, como a Fundação Araucária, do Paraná, e o reforço do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
Com o novo aporte, além do INPIIF aprovado na fase preliminar com quase R$ 15 milhões, também foram contemplados o Instituto Nacional de Ciência & Tecnologia em Ecologia de Água Doce, Impactos e Conservação (INCT Nupélia), coordenado pelo professor Angelo Antonio Agostinho, com R$ 13,6 milhões; e o Instituto Nacional Origens do Desenvolvimento da Saúde e da Doença (DOHaD), coordenado pelo professor Paulo Cezar de Freitas Mathias, com R$ 10,7 milhões.
A UEM ainda teve reconhecido o mérito de mais duas propostas, porém não agraciadas com recursos nesta chamada: o Instituto Nacional Clássicos na Educação (INClassE), coordenado pela professora Terezinha Oliveira; e o Maringatech, coordenado pelo professor Eduardo Jorge Pilau.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Mauro Ravagnani, celebrou as aprovações:
“Foi com muita alegria que soubemos da publicação do resultado final da Chamada do CNPq para os INCTs. Com o aporte adicional de recursos das fundações de amparo à pesquisa e o apoio da Fundação Araucária, a UEM conseguiu mais dois INCTs. Essas propostas se juntam à que já havíamos aprovado no resultado preliminar. Chegamos a três novos INCTs e, assim, a UEM se coloca como uma das melhores instituições de desenvolvimento de pesquisa no Estado do Paraná. As novas estruturas irão fortalecer os programas de pós-graduação e os pesquisadores a eles vinculados. É, sem sombra de dúvidas, uma grande vitória para todos nós. Viva a UEM!”.
Para o reitor Leandro Vanalli, a UEM se consolida cada vez mais como uma instituição de excelência também no campo da pesquisa, ao ser selecionada para coordenar três grandes redes científicas. “É um reconhecimento da excelência de nossos pesquisadores, da dedicação de nossos técnicos e da capacidade de gestão de nossa instituição. A UEM se destaca, provando mais uma vez seu papel fundamental no avanço da ciência e da inovação em nosso país, e a coordenação dessas redes nos coloca em uma posição de liderança e responsabilidade ainda maiores. É uma oportunidade de fortalecer parcerias com outras instituições de pesquisa no Brasil e no exterior, e acelerar o processo de internacionalização”, reforça Vanalli.
Conheça os projetos aprovados
Os três institutos coordenados pela UEM envolvem redes científicas com dezenas de instituições nacionais e internacionais e abordam temas de grande relevância social e ambiental.
INCT Nupélia
Coordenado pelo professor Angelo Antonio Agostinho, o INCT Nupélia receberá R$ 13,6 milhões para ampliar pesquisas iniciadas há 25 anos no trecho livre de barragens do alto rio Paraná. O instituto vai investigar os efeitos de impactos ambientais como represamentos, mudanças climáticas e espécies invasoras sobre a biodiversidade aquática. A proposta reúne 87 profissionais, sendo 65 pesquisadores de 19 instituições brasileiras e 15 estrangeiras. Leia a matéria.
INCT DOHaD Brasil
Sob liderança do professor aposentado Paulo Cezar de Freitas Mathias, o INCT DOHaD conta com R$ 10,7 milhões e cerca de 500 profissionais. O foco é entender como fatores ambientais e sociais nas fases iniciais da vida influenciam o risco de doenças crônicas como diabetes, obesidade e hipertensão. A sede será na UEM, com a criação de um novo laboratório central e articulação de uma pós-graduação em rede. Leia a matéria.
INPIIF
Primeiro projeto aprovado na chamada, o INPIIF é coordenado pelo professor Mauro Baesso e recebeu R$ 14,6 milhões. O instituto irá desenvolver tecnologias inovadoras de imageamento com aplicações em áreas como medicina, meio ambiente e materiais avançados, colocando a UEM na liderança nacional dessa linha de pesquisa. Leia a matéria.
Com os três projetos, a instituição soma cerca de R$ 40 milhões captados via INCTs, fortalecendo sua posição como polo nacional de excelência em ciência, inovação e formação de redes colaborativas. Os recursos permitirão a ampliação de laboratórios, a formação de recursos humanos em todos os níveis e a disseminação do conhecimento de forma acessível à sociedade.
(Adriana Cardoso/Comunicação UEM)