A Universidade Estadual de Maringá (UEM) lançou na terça-feira (19), no Auditório do Centro de Ciências Agrárias (CCA), o Sistema de Indicadores de Saúde (SIS). A iniciativa, desenvolvida pelo Grupo de Estudos em Saúde, Saúde do Trabalhador e Exercício Físico (Gestef), representa um marco na coleta e análise de dados epidemiológicos dentro da instituição, com o objetivo de subsidiar políticas de promoção da saúde voltadas à comunidade acadêmica.
O SIS é um estudo epidemiológico longitudinal que reúne informações comportamentais, sociais, laborais, hereditárias e psíquicas. A partir desses dados, será possível mapear os perfis de saúde de alunos e servidores, identificar padrões e propor ações de prevenção, cuidado e promoção da saúde de forma mais eficaz e direcionada.
A mesa de honra contou com a presença da vice-reitora da UEM, Gisele Mendes; da vereadora Majorie Capdeboscq (Majô), presidente da Câmara de Maringá; da diretora do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Priscila Garcia Marques; da diretora de Assuntos Comunitários (DCT), Adriana Aparecida Pinto; e do coordenador do Gestef e assessor especial para Ações de Permanência Estudantil, Wilson Rinaldi. A vereadora Ana Lúcia também participou da cerimônia.
Após os discursos, a vice-reitora assinou um termo de compromisso institucional que oficializa a implantação do sistema. Em seguida, a professora Ana Silva Degaspari Ieker, do Departamento de Educação Física (DEF), apresentou a ferramenta, destacando seu potencial para traçar o perfil de risco da comunidade universitária e fomentar a promoção da saúde.
O coordenador do Gestef, Wilson Rinaldi, lembrou que o trabalho começou em 2017, com coletas que inicialmente contemplavam apenas servidores, e depois foram ampliadas aos estudantes. Segundo ele, o SIS possibilitará que a universidade avance em ações estruturadas. “Não dá para trabalhar apenas apagando incêndios das demandas cotidianas. Precisamos de informações consolidadas para propor políticas de gestão de pessoas e saúde na universidade. Esse sistema é fruto de um esforço coletivo e representa a coroação desse trabalho”, reforçou.
A diretora de Assuntos Comunitários, Adriana Aparecida Pinto, ressaltou a relevância dos indicadores para o planejamento institucional: “Esse sistema permitirá que a universidade olhe para a saúde de maneira preventiva e integrada. Não se trata apenas de reagir a problemas já instalados, mas de antecipar riscos e fortalecer a qualidade de vida de toda a comunidade acadêmica.”.
Já a vice-reitora, Gisele Mendes, destacou o caráter estratégico do sistema. “O SIS é uma base de dados que possibilita políticas públicas longitudinais, capazes de prevenir problemas e promover saúde de forma integrada à comunidade acadêmica. Investir em prevenção é mais eficiente e menos custoso do que lidar apenas com tratamentos complexos no futuro”, discursou.
Ela também enfatizou a centralidade das pessoas nas políticas institucionais. “A universidade não é feita apenas de prédios ou equipamentos, mas, sobretudo, de pessoas. Por isso, cuidar da saúde de servidores e estudantes é essencial para que possamos avançar como comunidade acadêmica e científica”, finalizou.
A presidente da Câmara de Vereadores de Maringá, Majô, durante sua fala, lembrou o início das ações de promoção da saúde dentro da UEM, ainda em 2009, com o programa Mais UEM, e ressaltou a evolução alcançada com o SIS.
“Fico muito feliz de saber que a universidade está se atualizando e acompanhando as tendências. Antes, fazíamos coletas de dados com pranchetas e formulários de papel. Agora temos uma ferramenta eficiente, capaz de transformar dados em informação estratégica. Política pública se faz com informação, e o SIS será fundamental para subsidiar ações de prevenção e promoção da saúde”, destacou a vereadora.
O sistema estará disponível de forma digital neste link, com acesso por QR Code, permitindo que servidores e estudantes dos diferentes câmpus da UEM possam participar da coleta de dados de forma simples e rápida. A expectativa é que a iniciativa fortaleça a saúde física e mental da comunidade universitária e ainda contribua com políticas públicas locais, já que as informações geradas poderão servir de base para outros gestores.
(Adriana Cardoso/Comunicação UEM)