A Festa Literária Internacional de Maringá (Flim), reconhecida como patrimônio cultural imaterial da cidade, teve sua abertura oficial nesta quarta-feira, 8, na Travessa Jorge Amado. Promovida pela Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Cultura, a 12ª edição do evento contou com a presença de autoridades e foi marcada por um bate-papo com o escritor angolano Pau de Cabinda, além do show de Estrela Leminski e Téo Ruiz.
A programação da Flim 2025 promove debates sobre literatura, lançamentos de livros, bate-papos, contação de histórias, palestras, oficinas e estandes livreiros com títulos de diversos gêneros, com atrações para todas as idades.
“Trazer a Flim 2025 de volta para o coração da cidade foi um grande acerto. Aqui conseguimos aproximar o público, facilitar o acesso de estudantes, idosos e visitantes e fortalecer o contato direto com a literatura”, destacou o secretário de Cultura, Tiago Valenciano, durante a abertura oficial do evento.
A vereadora Akemi Nishimori elogiou a organização da Flim 2025. “Falar de cultura e de literatura é mergulhar em um mundo de imaginação e criação. Trazer a Flim para a população é oferecer a oportunidade de formar novos autores, artistas e escritores. Maringá nasceu de uma canção e precisamos continuar fortalecendo nossa identidade por meio da arte e da cultura”, comentou.
Para o presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, Edson Luiz Marchezin Pereira, “a leitura e o livro são pilares da identidade maringaense e da formação cidadã, onde as palavras ganham vida e inspiram gerações a compreender que ler é também um ato pertencimento, memória e futuro”, pontuou.
Após a abertura oficial, a programação seguiu com um bate-papo no Espaço Capitu com o escritor angolano Pau de Cabinda, que explicou a origem de seu nome. “Pau de Cabinda é uma referência a uma árvore simbólica da região de Luanda, capital de Angola, que associada à força, responsabilidade e tradição familiar. Quem recebe esse nome carrega o dever de representar sua família com dignidade”, disse.
O escritor contou que sonhava em estudar no Brasil. Após ser aprovado em um processo seletivo, há 12 anos, mudou-se para o Brasil, onde construiu sua trajetória acadêmica e literária. “Há uma forte ligação entre Brasil e África, na língua, na comida, na literatura e nas religiões de matriz africana. As palavras, os costumes e as histórias nos conectam. A literatura brasileira influenciou profundamente a produção africana”, ressaltou.
Música e poesia na Flim 2025 - No Espaço Circo Literário da Flim 2025, Estrela Leminski e Téo Ruiz encantaram o público com um show que uniu música e poesia na noite desta quarta-feira, 8. “Que delícia esse primeiro dia de festa literária, uma verdadeira celebração das palavras. Nosso espetáculo também é um ‘Entremundos’ entre literatura e música. Um grande jogo entre palavras e canções”, destacou Estrela Leminski.
“Quando a gente nasce em uma família de artistas, já comete o crime do nepotismo, porque não dá pra fugir do pai e da mãe”, brincou Estrela Leminski. O casal apresentou “Nóis fumo cantá numa festa”, de autoria de seus pais, Paulo Leminski e Alice Ruiz, e emocionou o público com canções como “Hoje tá tão bonito”, “Gostável”, entre outras, em uma performance repleta de poesia e leveza.
Presenças – Também estiveram presentes na abertura oficial da Flim 2025: a primeira- dama e presidente do Pra Somar, Bernadete Barros; vereadora professora Ana Lúcia; presidente do Instituto Cultural Ingá, Cezar Couto; presidente do Conselho Superior do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Paraná (Sinepe-NOPR), Wilson de Matos Silva Filho; superintendente da Secretaria das Cidades do Estado do Paraná, Ricardo Maia; presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Miguel Fernando; e o ex-vereador de Belo Horizonte, Henrique Braga, que veio para conhecer a Flim.
(Texto: Comunicação PMM. Foto: Rafael Macri/PMM)
