Em 2026, o Paraná iniciará a implantação do Observatório Inteligente das Cidades, projeto pioneiro no Brasil e construído pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid) em parceria com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). A iniciativa tem foco na modernização da gestão pública e no fortalecimento do desenvolvimento urbano sustentável.
O lançamento — previsto inicialmente neste mês de novembro — foi transferido para o próximo ano, em data ainda a ser anunciada, mas é certo que a Universidade Estadual de Maringá (UEM) terá papel estratégico no projeto atuando como ponto focal no polo regional do observatório. Todas as universidades estaduais participarão, mas a UEM assumirá uma função destacada ao atender diretamente os municípios do Norte e Noroeste do Estado.
Como pólo regional, a UEM será responsável pela coleta, análise, produção e interpretação de dados territoriais, conectando pesquisadores, gestores municipais e equipes técnicas das cidades da região.
A universidade também desempenhará papel essencial na elaboração de diagnósticos, na oferta de capacitações e no suporte técnico a prefeituras, contribuindo para decisões mais eficientes em áreas como planejamento territorial, mobilidade, habitação, resiliência climática e resposta a emergências.
Parcerias
A Carta de Parceria que oficializa a iniciativa foi assinada no dia 30 de outubro, em Nova York, na sede das Nações Unidas, com a presença do secretário estadual das Cidades, Guto Silva, e do diretor do Escritório de Nova York da ONU-Habitat, André Dzikus. Também participou da cerimônia a Superintendência-Geral de Desenvolvimento Econômico e Social, representada pelo coordenador-geral Luís Paulo Mascarenhas.
O documento consolida o compromisso do Paraná com a Agenda 2030 e a Nova Agenda Urbana e articula um amplo conjunto de instituições: universidades estaduais, Secid, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e Secretaria de Estado do Planejamento. O escritório central do observatório ficará em Curitiba, mas a capilaridade regional será garantida pelos polos universitários — entre eles, a UEM com forte protagonismo.
O reitor Leandro Vanalli destaca o significado da escolha da UEM como polo regional: “Para nós, é uma oportunidade estratégica. Este projeto vai dinamizar o desenvolvimento das cidades do Noroeste do Paraná, ao identificar vocações locais e propor soluções sustentáveis. A UEM, com seu ensino, pesquisa e extensão de excelência, terá papel decisivo nessa transformação.”
Em 2026, o lançamento estadual incluirá um road show que percorrerá todas as universidades públicas, fortalecendo conexões entre pesquisadores, gestores públicos e profissionais da área urbana.
Além de promover cidades mais eficientes e inclusivas, o Observatório Inteligente das Cidades atuará na preparação para eventos climáticos extremos, ampliando a capacidade de resposta dos municípios a enchentes, deslizamentos e outras emergências.
Com a cooperação entre governo estadual, ONU-Habitat, universidades e instituições como o Ipardes, o Paraná avança para se tornar um polo de referência na Coalizão Local 2030 da ONU — e a UEM será um dos pilares dessa construção.
(Marcelo Bulgarelli/Comunicação UEM)