O Hemocentro da Universidade Estadual de Maringá (UEM) recebeu, nesta segunda-feira (8), a primeira doação de hemácias por aférese da história. No procedimento, há a separação específica das hemácias por um equipamento, que produz um hemocomponente de maior rendimento e reprodutibilidade em relação aos hemocomponentes de uma doação de sangue comum. O procedimento, segundo a administração do Hemocentro, também diminui a exposição do doador em relação aos múltiplos doadores, pois provê mais de uma dose do componente sanguíneo de um mesmo doador.

Segundo a coordenadora administrativa do Hemocentro, Margareth Hashimoto, a hemaférese é muito útil para a coleta de doadores fenotipados, que possuem um perfil de antígenos de grupos sanguíneos específico para determinado paciente que necessita de transfusões frequentes.

A máquina de aférese Trima Accel, da marca Terumo, é um sistema automatizado para coleta de sangue, no qual há um processo de centrifugação que separa os componentes específicos para a transfusão, e o restante do sangue é devolvido ao doador. Todo procedimento é realizado utilizando kits descartáveis, não havendo exposição do doador diretamente na máquina, portanto, o procedimento é muito seguro.

O equipamento veio por um contrato de locação com fornecimento de kits realizado pelo hemocentro coordenador da hemorrede pública do estado do Paraná, o Hemepar.

Quem pode doar?

A doação por hemaférese difere da doação de sangue convencional em alguns critérios. Os doadores devem ter peso maior ou igual a 70kg e o intervalo das doações deve ser de no mínimo 120 dias. Por ser uma doação muito específica, a seleção do doador é definida na triagem clínica realizada nas doações. 

(Willian Fusaro/Comunicação HU)