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Parque do Japão de Maringá inicia manejo de espécies invasoras do lago
27/02/2019 09:55 em Notícias de Maringá

A Diretoria do Parque do Japão realiza o manejo de espécies de peixes invasoras que comprometem o equilíbrio ambiental do lago. Nesta semana, um grupo de voluntários iniciou a retirada de tilápias e cascudos e nos próximos dias, alevinos de carpas que passaram por melhoramento genético serão reintroduzidos.

 

O gerente do parque, Luiz Uema, comenta que não se sabe ao certo como as espécies invadiram o ambiente, mas destaca que visitantes podem ter destinados peixes de aquários. “Essas espécies consomem ovas das carpas que são uma de nossas principais atrações, dificultando assim a reprodução dos peixes”, acrescenta, lembrando que até cágados e jabutis foram encontrados no local.

 

No final de 2017, a equipe do Departamento de Zootecnia da UEM retirou 20 carpas do lago, com pureza de raça e uniformidade de cor. Para não ocorrer riscos com a reprodução de animais aparentados, realizou-se antes a análise de material genético. Os alevinos que serão reintroduzidos neste ano, são resultados dessa reprodução. 

 

Além de perder as características ornamentais, o cruzamento indiscriminado de carpas pode trazer defeitos morfológicos e reduzir a capacidade adaptativa. O melhoramento genético evita que o lago fique sem as espécies originais e sua beleza natural, além de casos de boca torta e outros defeitos que comprometem a expectativa de vida dos animais.

 

Em 2008, o lago do Parque do Japão recebeu 70 carpas coloridas, incluindo branca e azuis, doadas por um banco que havia recebido os peixes da Casa Imperial do Japão. A espécie convive com curimbas que consome o material orgânico em decomposição no lago. 

 

A diretora do Parque do Japão, Maria Lígia Guedes, lembra que recentemente o lago passou por limpeza, a fim de manter um PH ideal e preservar a fauna aquática, e pediu a cooperação da comunidade para zelar pelo local. “Contamos com a colaboração dos visitantes para não alimentar os peixes com alimentos condimentados como salgadinhos e biscoitos, lembrando que diariamente recebem ração adequada”, salienta. (Foto: Aldemir de Moraes/PMM)

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