Brasil mantém 100% de aproveitamento no Mundial de Vôlei de Praia
30/06/2019 19:11 em Vôlei de Praia

 

O Brasil manteve os 100% de aproveitamento no Campeonato Mundial de vôlei de praia 2019, que acontece em Hamburgo (Alemanha). Somando homens e mulheres, já são 14 jogos e 14 vitórias. Neste domingo (30.06), pelo torneio feminino, três duplas entraram em quadra e venceram pela segunda rodada da fase de grupos: Ágatha/Duda (PR/SE), Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) e Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) seguem invictas.

 

Os triunfos já garantem o trio na fase eliminatória do Campeonato Mundial, mas elas querem mais e vão buscar a liderança de suas chaves, para evitarem cabeças de chave no ‘mata-mata’.

 

O único time brasileiro do torneio feminino que não atuou foi de Fernanda Berti e Bárbara Seixas (RJ), que folgou e retorna à quadra nesta segunda-feira (01.07), para disputar a segunda partida de seu grupo.

 

O grande destaque do dia foi a vitória de Carol Solberg e Maria Elisa sobre as donas da casa, as alemãs Laura Ludwig, que é a atual campeã olímpica e mundial, e sua parceira Meg Kozuch, com quem se uniu em 2019. As brasileiras souberam ajustar o jogo e neutralizar a grande atuação de Ludwig para virar a partida e vencer por 2 sets a 1 (13/21, 21/13, 15/11), em 54 minutos de duração. Maria Elisa, maior pontuadora do duelo, com 21 acertos, analisou.

 

“Encaramos a Nigéria, que são meninas que não rodam o Circuito Mundial, é uma outra realidade em nível competitivo, então foi como se fosse nossa primeira partida. Sabíamos que seria um jogo com muita torcida para elas, mas nos concentramos muito para essa partida, estudamos bastante. Além disso, foi a primeira vez que jogamos na quadra central, as referenciais mudam muito. Soubemos ter calma após o primeiro set e depois as coisas foram acontecendo. Quando começamos a jogar bem elas sentiram e foi possível impor nosso ritmo”, disse Maria Elisa, autora de quatro pontos de saque.

 

Carol Solberg aproveitou para desejar a vitória ao pai, Ruy Solberg, que faz aniversário neste domingo. Ela disse que a dupla tentou tirar um pouco da pressão e jogar com mais tranquilidade e alegria para virar a partida.

 

“Elas são as donas da casa, a torcida era delas, então tentamos cutir estar em quadra, se ajudar nas horas difíceis. Jogar um Campeonato Mundial com essa arena lotada, muita festa, é uma grande oportunidade. Nós tentamos nos divertir, arriscar um pouco mais no saque, conversamos bem. Acho que nosso saque fez a diferença”, disse Carol.

 

Carol e Maria Elisa folgam nesta segunda e voltam à quadra pelo grupo J na terça-feira (02.07), contra as norte-americanas Larsen e Stockman, às 8h (de Brasília). As adversárias da última rodada da fase de grupos somam uma vitória e uma derrota até aqui. Os dois times se enfrentaram quatro vezes, com três vitórias das brasileiras.

 

Ágatha e Duda superaram as japonesas Ishii/Murakami por 2 sets a 0 (21/13, 21/18), em 37 minutos de duração, alcançando a segunda vitória no grupo F. Ágatha foi a maior pontuadora do duelo, anotando 14 em ataques e dois em bloqueios. A medalhista olímpica e campeã do mundo em 2015 analisou o triunfo contra um time que já era ‘velho conhecido’.

 

“Já havíamos vencido elas duas vezes anteriormente, mas o último jogo foi muito difícil, no tie-break, então nos preparamos para tentar conseguir uma vitória mais tranquila, por 2 a 0. Elas defendem muito, são habilidosas, é um jogo de paciência. Temos que saber levar, elas não são tão altas, mas farão jogadas bonitas, sempre vão dar trabalho. Foi um triunfo importante, estou feliz com nosso rendimento e vamos já nos preparar para a última rodada. Os jogos aqui são muito diferentes, muito característicos, com duplas de vários continentes. É preciso estar preparada para cada estilo, cada padrão tático”, declarou a paranaense.

 

Ágatha e Duda vão encerar a participação no grupo F contra as chinesas Fan Wang e Xinyi Xia, que também somam dois triunfos. A disputa do primeiro lugar da chave acontece nesta segunda, às 11h (de Brasília). Os times se encararam uma vez, com vitória do Brasil.

 

Ana Patrícia e Rebecca tiveram um duelo muito difícil contra as donas da casa, as alemãs Bieneck e Schneider, mas tiveram equilíbrio para virar o placar no tie-break, após estarem dois pontos atrás: 2 sets a 1 (21/14, 20/22, 15/12), em 57 minutos. Um dos diferenciais foi o domínio brasileiro na rede, com seis bloqueios, contra dois das alemãs. Ana Patrícia, que anotou 24 acertos e foi a maior pontuadora, analisou o triunfo.

 

“Foi um jogo muito duro, ter um confronto assim é bom. Nunca tínhamos enfrentado essa dupla alemã, o ambiente aqui na quadra central está diferente. Tem a torcida, o vento está bem diferente. Foi com o coração acelerado, que é o que a gente gosta, deu certo. Conseguimos imprimir um bom ritmo no final para sair com a vitória. O próximo jogo será importantíssimo, a Espanha é um grande time, e será importante também para ganharmos ritmo, para termos tempo de jogo, já que aqui os intervalos são maiores”

 

Ana e Rebecca volta à quadra para disputar a primeira colocação da chave contra as espanholas Liliana Fernandez e Elsa Baquerizo, que também venceram duas vezes. O jogo acontece nesta segunda-feira, às 8h (de Brasília), e terá transmissão do canal da FIVB no Youtube. Os times já se enfrentaram uma vez, com vitória das brasileiras na Polônia.

 

A fase de grupos conta com 48 times em cada naipe, divididos em 12 grupos com quatro duplas. Eles jogam entre si e os primeiros e segundos avançam aos playoffs, assim como os quatro melhores terceiros colocados. Os outros oito terceiros colocados disputam uma rodada eliminatória chamada Lucky Looser, com os vencedores também avançando ao mata-mata, totalizando 32 times. A competição segue em formato eliminatório com round 1, oitavas de final, quartas de final, semifinais e disputas de bronze e ouro.

 

Somando os naipes masculino e feminino, o Brasil soma 12 medalhas de ouro, nove de prata e dez de bronze nas 11 edições realizadas. Brasil contra Estados Unidos foi a final mais repetida na história, tendo acontecido em sete oportunidades. O Campeonato Mundial é o principal torneio da temporada, com uma premiação total de 1 milhão de dólares (500 mil para cada naipe) e a maior pontuação ao ranking da temporada.

(Foto: Divulgação/FIVB)

 

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