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Bernard Rajzman eterniza mãos para o Hall da Fama do COB
22/06/2021 08:32 em Vôlei

O Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ganhou, oficialmente, mais um integrante, no domingo, dia 20. Indicado na turma de 2020, Bernard Rajzman, símbolo da “Geração de Prata” do vôlei brasileiro e conhecido mundialmente pela criação do saque “Jornada nas Estrelas”, finalmente eternizou as suas mãos em cerimônia durante a 9ª etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. O craque se emocionou com a homenagem.

“Eu quero dizer que para mim é uma honra muito grande e um orgulho entrar para esse Hall da Fama, eleito pelo organismo mais importante do esporte brasileiro. A gente vive uma vida para fazer o esporte da melhor forma e, quando a gente consegue ter esse reconhecimento, nos dá mais estímulo para continuar nessa luta pelo esporte brasileiro. Agradeço ao Comitê Olímpico do Brasil e à Confederação Brasileira de Volleyball por essa homenagem. Espero que o esporte cresça e que a gente traga algumas medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio! Muito obrigado a todos pelo carinho e atenção!”, disse Bernard.

No último dia 08, quando completava 107 anos, o COB lançou a versão digital do seu Hall da Fama para ser referência sobre esporte olímpico brasileiro, com perfis detalhados e grande acervo de fotos e vídeos em parceria com COI, Confederações e imprensa. A página pode ser acessada através do link https://www.cob.org.br/pt/cob/home/hall-da-fama. Nesta terça, 15, foi encerrado o processo de indicação para a escolha dos novos ídolos do esporte que se juntarão aos 24 nomes já indicados este ano.

A ideia é que todas as homenagens se juntem em um museu no Centro de Treinamento Time Brasil, num espaço aberto à visitação pública e que conterá com um mural onde os moldes das mãos ou pés dos homenageados ficarão disponíveis. Todos terão um QR Code que levará os visitantes à página do homenageado no portal e, assim, todo torcedor poderá ter uma experiência imersiva e inesquecível. Rogério Sampaio, diretor-geral do COB, agradeceu à Bernard pelo trabalho fora das quadras que ajudou o Brasil na conquista de algumas medalhas, inclusive a de ouro do próprio Rogério em Barcelona 1992.

“Gostaria de destacar que o Bernard, desde que deixou de ser atleta, assumiu um compromisso pessoal de trabalhar em prol do esporte. O trabalho dele quando ocupava o cargo de Secretário Nacional do Esporte foi fundamental para que eu pudesse ter uma medalha olímpica. Agradeço muito pelo teu trabalho e deixo aqui também a gratidão do Comitê Olímpico do Brasil por sua dedicação. Você conseguiu aquele objetivo de todo atleta quando conquista uma medalha olímpica: inspirar outros atletas. Até hoje você continua inspirando as novas gerações e, por isso, esse reconhecimento do COB à você e ao seu legado”, disse Rogério.

Visando valorizar os heróis olímpicos brasileiros, o Hall da Fama realiza homenagens todos os anos, desde 2018, a personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações.

Perfil - Aos 11 anos, Bernard entrou no basquete do Fluminense, mas passou para o vôlei por ser considerado baixo para a modalidade. Estreou com 17 anos na Seleção Brasileira e se tornou um dos grandes nomes da denominada Geração de Prata, sacudindo os estádios com o “Jornada nas Estrelas”, nome da série de TV dos anos 60. A jogada, que adaptou do vôlei de praia, era sacar a bola muito alto, com força e efeito, dificultando a recepção do adversário. Participou de três edições dos Jogos Olímpicos como jogador: Montreal 1976 (7º), Moscou 1980 (5º) e Los Angeles 1984, quando foi vice-campeão olímpico. A seleção contou com sua grande virtude, a velocidade nos ataques, tanto como central, quanto como ponteiro.

Após encerrar a carreira, foi Secretário Nacional de Esportes, deputado estadual, presidente da 1ª Comissão de Atletas do COB e chefe de missão em diversos eventos, como os Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011 e Olímpicos Londres 2012. É membro do COI desde 2013. Foi enredo do título do Grupo C da tradicional escola de samba Unidos de Lucas, no Rio de Janeiro, em 2003. O filho mais velho, Phil, é campeão mundial de surf, na categoria Longboard, e o mais novo, Bernardo, é jogador de basquete.

Hall da Fama - O Hall da Fama do COB foi lançado em grande estilo durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico 2018, a 20ª edição do evento, que teve como lema “celebrar o passado, inspirar o presente e conquistar o futuro”. Os primeiros atletas a deixarem suas marcas eternizadas foram Torben Grael (vela), dono de cinco medalhas olímpicas; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras mulheres brasileiras a ganharem ouro nos Jogos; e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Comitê Olímpico Internacional.

Já em 2019, além de homenagens póstumas à Maria Lenk (natação), Guilherme Paraense (tiro esportivo), João do Pulo e Sylvio de Magalhães Padilha (ambos do atletismo), ingressaram no Hall da Fama: o judoca Chiaki Ishii, as campeãs mundiais de basquete Paula e Hortência, o meio-fundista Joaquim Cruz e os treinadores de vôlei Bernardinho e Zé Roberto Guimarães.

Em 2020, foram escolhidos, além de Bernard, os seguintes nomes: Adhemar Ferreira da Silva (atletismo); Aída dos Santos (atletismo); Aurélio Miguel (judô); Reinaldo Conrad (vela); Sebastián Cuattrin (canoagem velocidade); Tetsuo Okamoto (natação); Wlamir Marques (basquete); além dos treinadores Nelson Pessoa (hipismo saltos) e Mário Jorge Lobo Zagallo (futebol). Devido à pandemia de COVID-19, esses ídolos do esporte brasileiro ainda aguardam ocasiões para serem homenageados.

(COB)

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