O ensino, a pesquisa e a extensão formam os pilares que regem a formação universitária. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), as ações extensionistas não só ultrapassam os muros da instituição como chegam a praticamente toda a população do Noroeste, beneficiando 1,6 milhão de pessoas. Eventos, cursos, atividades e projetos mobilizam docentes, estudantes e instituições parceiras para o enfrentamento de desafios sociais contemporâneos.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) define a extensão como uma atividade da universidade junto à comunidade externa, de forma a atuar em problemas sociais, ambientais, culturais, dentre outros. A partir de 2023, com a curricularização da extensão, as instituições de ensino superior incorporaram essas práticas nos currículos dos cursos. Na UEM, a mudança já está consolidada e será foco central para 2026, segundo a pró-reitora de Extensão e Cultura, Vânia Malagutti.
O reitor Leandro Vanalli destaca o crescimento no número de projetos na universidade. “Os municípios da nossa região, não só Maringá, recebem o impacto positivo dessas ações de extensão, em que a universidade vai ao encontro da população, da comunidade. É a UEM mais próxima das pessoas”, ressalta.
Um evento que marcou o ano de 2025 foi a UEM Run, uma corrida rústica realizada dentro do câmpus da universidade, em comemoração aos 55 anos da UEM. A prova reuniu mil atletas profissionais e amadores de várias idades, pertencentes à comunidade interna e externa, integrando a universidade à sociedade. Como projeto de extensão, a ideia é promover a corrida anualmente.
De acordo com a PEC, 525 projetos estão em execução, com 1.641.690 de beneficiários atendidos, 801 docentes envolvidos e 3.201 discentes participantes. Esses projetos abrangem desde ações de intervenção direta em comunidades vulneráveis até programas de pesquisa aplicada, difusão científica, assistência social, qualificação profissional e inovação tecnológica.
Em relação aos cursos de extensão, atualmente, a UEM oferta 370 cursos, com 8.245 beneficiários, 681 docentes participantes e 1.836 discentes envolvidos. Eles representam uma importante ferramenta de democratização do conhecimento, permitindo o acesso da comunidade a formações continuadas, capacitações práticas, oficinas temáticas e conteúdos de relevância científica e profissional.
Já os eventos de extensão incluem mostras científicas, oficinas culturais, palestras, feiras, seminários, encontros comunitários e ações de grande mobilização social. Em 2025, foram realizados 396 eventos, com 215.054 participantes, 801 docentes envolvidos e 3.201 discentes participantes.
A UEM também abriga espaços extensionistas que atraem a comunidade, como o Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), composto por dezenas de projetos. Em 2025, ficou entre os dez museus mais visitados do país, segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O câmpus sede da UEM, em Maringá, também possui o Museu da Bacia do Paraná e o Museu de Geologia.
As atividades envolveram todas as áreas prioritárias definidas pela Política Nacional de Extensão: comunicação; cultura; educação; meio ambiente; direitos humanos e justiça; tecnologia e produção; e trabalho. A atuação reflete a abrangência temática da extensão da UEM e sua capacidade de responder às demandas reais e complexas da sociedade, segundo a PEC.
Os projetos extensionistas também promovem diversas atividades de formação continuada, atendendo profissionais da educação, servidores públicos, agricultores, estudantes universitários, lideranças comunitárias e o público em geral. Em 2025, a UEM firmou e/ou manteve parcerias com prefeituras – de Maringá, Mandaguaçu, Sarandi, Astorga, Sabáudia, Munhoz de Melo, dentre outras –, secretarias municipais, escolas estaduais e municipais, colégios agrícolas e instituições de ensino superior.
Os projetos da universidade também envolvem organizações não governamentais (ONGs), associações, cooperativas e comunidades tradicionais, além de empresas do setor produtivo, startups, instituições de inovação, organizações culturais e espaços públicos de formação. “O conjunto complexo de parcerias reafirma o caráter multidisciplinar, participativo e socialmente comprometido da extensão universitária da UEM”, enfatiza Vanalli.
Pós-Graduação
Nos últimos anos, o volume de programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) cresceu mais de 10% na universidade, passando de 85 para 95, no total, com destaque para os doutorados, que saltaram de 29 para 37. Os mestrados passaram de 56 para 58. De acordo com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), 1.591 estudantes estão matriculados em programas de mestrado e 1.272, em programas de doutorado; além de 102 no pós-doutorado.
Para Grasiele Scaramal Madrona, pró-reitora da PPG, o setor é um eixo estratégico para o fortalecimento da ciência, da inovação e da formação avançada. “É por meio dela que criamos condições para que pesquisadores e estudantes desenvolvam trabalhos de excelência, ampliando o impacto social e científico da UEM. O crescimento dos programas e a qualidade reconhecida pela Capes refletem o compromisso de toda equipe da PPG e o esforço coletivo de toda a comunidade acadêmica.”
Nas avaliações da Capes, a UEM conta com um programa com nota máxima (7), o Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA); seis com nota 6; 16 programas com nota 5; 22 programas com nota 4; e 13 programas com nota 3. A próxima avaliação quadrienal está prevista para janeiro de 2026.
A UEM também oferta 14 cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), com 1.209 estudantes matriculados. Os dados são da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG). Em relação aos dados de intercâmbio e cooperação internacional, a UEM mantém 139 convênios internacionais em vigência, gerenciados pelo Escritório de Cooperação Internacional (ECI).
Nos últimos três anos, a universidade recebeu professores visitantes internacionais oriundos de 17 países e 36 instituições, para atuar na pós-graduação. O ECI executa o Plano Estratégico de Internacionalização 2024-2026, com 36 ações institucionais — 33 já implementadas —, e promove capacitações contínuas em internacionalização, multilinguismo e cooperação global.
(Mônica Chagas/Comunicação UEM)