Como parte das ações de aprimoramento da segurança do paciente e do servidor, a Diretoria Médica do Hospital Universitário (HUM) da UEM realizou, entre quinta (11) e sexta-feira (12), o Curso de Segurança em Ressonância Magnética, destinado a servidores que atuam no Setor de Imagenologia do Hospital.
A atividade chamou a atenção para as peculiaridades do aparelho de ressonância magnética, que cria campos magnéticos fortíssimos quando está em ação. Os cuidados com roupas, calçados, acessórios (brincos, aneis, pulseiras, cintos) devem ser redobrados: com o aparelho ligado, o campo magnético atrai os objetos, como um “ímã gigante”. Esses objetos se transformam em projéteis perigosos que podem ferir quem estiver no caminho. Acidentes envolvendo funcionários ou pacientes são comuns na literatura e, em alguns casos, fatais.
O curso foi dividido em duas etapas, com uma programação sobre segurança e boas práticas em ressonância magnética, gestão de pacientes durante exames de ressonância magnética e os protocolos de trabalho. Como facilitadores, contou com os chefe do Setor de Imagenologia e médico radiologista, Lúcio Antônio de Vicencio, acompanhado dos médicos radiologistas Danilo Tamamaru de Souza e Diego Adrian Pucci de Araújo, além do tecnólogo em Radiologia André Simões Fernandes.
Os materiais utilizados foram do American College of Radiology, referência internacional na área. A ACR é uma sociedade médica profissional proeminente nos Estados Unidos, que representa cerca de 40.000 médicos radiologistas, oncologistas de radiação, radiologistas intervencionistas, médicos de medicina nuclear e físicos médicos. O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) indica e utiliza normas da ACR como principal referência mundial para a segurança em ressonância magnética.
Segundo o chefe do Setor de Imagenologia, os protocolos e normas do setor devem ser de conhecimento de todos os envolvidos, mas, também, “do restante das equipes de assistência da unidade hospitalar”, por ser um exame solicitado rotineiramente. “Algumas práticas, como o uso de contraste intravenoso, requer atenção e cuidados na administração, além da compreensão dos efeitos adversos”, sinalizou Lúcio de Vicencio.
Para o reitor da UEM, Leandro Vanalli, o início das atividades da ressonância magnética se soma a uma série de investimentos no HUM em 2025. "Em 2025, iniciamos uma série de melhorias significativas na infraestrutura do HUM, abrangendo não apenas obras, mas também a aquisição de novos equipamentos. Somente na Sala de Ressonância, os investimentos entre obra e equipamento totalizam quase R$8,5 milhões, provenientes de recursos próprios e da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR). A UEM agradece imensamente, pois reconhece que esses esforços reforçarão o diferencial e a qualidade no atendimento que o nosso Hospital Universitário oferece a toda a população da região Noroeste do Paraná."
Sala de Ressonância Magnética
O HUM inaugurou, no final de maio deste ano, a Sala de Ressonância Magnética (S05), com investimentos de mais de R$8,5 milhões para modernização do diagnóstico por imagem. O aparelho de ressonância magnética, de última geração e fabricado pela Canon Medical Systems do Brasil LTDA, é de 1,5 tesla, padrão considerado comum para a prática clínica. Antes, os pacientes eram encaminhados para outras unidades para realização do exame, de alta complexidade; agora, ele é feito no Hospital Universitário, o que encurtou a jornada do paciente.
O investimento no aparelho foi de R$7,1 milhões. Já a adequação da Sala de Ressonância, com 124,77m², representou um investimento de R$258,7 mil. O espaço fica no Setor de Imagenologia do HUM e passou por adaptações estruturais, além de receber um sistema de refrigeração. As obras foram executadas pelas equipes de Engenharia Civil, Arquitetura, Elétrica e Manutenção do HUM.
(Willians Fusaro/Comunicação CMM)