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Basquete feminino do Brasil é superado pela Austrália e não vai aos Jogos Olímpicos
09/02/2020 13:31 em Basquetebol

A seleção brasileira feminina foi superada pela Austrália por 86 a 72 no Pré-Olímpico de Bourges, na França, na tarde deste domingo, e não conseguiu sua classificação para Tóquio 2020. O time brigou bravamente os quatro períodos, mas não foi possível triunfar diante da segunda colocada no ranking Mundial. Porto Rico, França e Austrália avançam para os Jogos Olímpicos na chave em Bourges.

 

A cestinha brasileira foi Damiris Dantas, com 21 pontos e seis rebotes. Érika anotou 17 pontos, com nove rebotes. Tainá Paixão teve 20 pontos. A cestinha do jogo foi a Austrália Cambage com 29 pontos e sete rebotes, além de cinco tocos. 

 

- Eu tenho orgulho dessas meninas. Fizemos um jogo de igual para igual com a vice campeã do mundo. É claro que é triste ficar de fora da Olimpíada, mas fizemos um bom trabalho nos últimos sete meses e essas meninas evoluíram muito, de forma impressionante até mesmo quando eu comparo com times masculinos que eu dirigi - disse o técnico José Neto. 

 

Planejamento e Paris 2024

 

A Confederação Brasileira de Basketball seguirá trabalhando pelo desenvolvimento do basquete feminino nacional. A partir desta próxima semana, o planejamento será voltado para o Sul-Americano adulto, em maio, classificatório para a AmeriCup de 2021. Essa, classificatória para os dois Pré-Mundiais continentais. O técnico José Neto tem contrato com a CBB, que acredita na sequência do trabalho a médio-longo prazo e crê que este é o caminho para um futuro de vitórias.

 

Há sete meses, a seleção feminina de basquete estava desacreditada, muitos avaliavam até ser necessário mais de um ciclo para termos uma seleção competitiva. Com investimento certeiro da CBB através dos recursos da Lei Piva e o apoio constante do COB, a entidade optou pela chegada de uma comissão técnica nova, comandado por José Neto. A escolha mostrou-se acertada, com o Brasil vencendo os Jogos Pan-Americanos de Lima, quebrando um jejum que vinha de 1991, além do bronze na AmeriCup e a boa classificação no Pré-Olímpico das Américas.

 

Para a Olimpíada, a estrutura de treino foi a melhor possível, com atividades no Laboratório Olímpico do COB, treinos na Arena Carioca 1 e na ótima estrutura do Escola Americana, além de treinos físicos no CT do Time Brasil. O time ainda passou uma semana treinando na Sérvia, em CT de primeiro mundo. E fez um amistoso duro contra o time da casa, bronze na Rio 2016.

 

Os resultados de 2019 trouxeram uma onda de otimismo, válida, mas desde o começo do projeto a CBB trabalha pensando no resultado em médio-longo prazo. E o foco agora é em Paris 2024. Sede olímpica em 2016, o Brasil não vislumbrou o futuro esperado por todos. Com o país em crise financeira e a CBB em profundo processo de reformulação e reestruturação após uma suspensão da FIBA em 2017, avançamos, mas sabemos que há um longo caminho a trilhar.

 

Vamos acolher nossas meninas, seguir desenvolvendo a base com os Campeonatos Brasileiros Interclubes de Base, do sub12 ao sub23, além de observar talentos no basquete universitário americano, de onde saíram nomes como Stephanie Soares, que infelizmente não pôde estar no Pré-Olímpico de Bourges. A CBB, por fim, também buscará intercâmbio e mais jogos internacionais para as nossas seleções, na base e no adulto, colocando o basquete feminino brasileiro, rico em história, no lugar onde merece.

(Foto: Divulgação CBB)

 

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