A Prefeitura de Maringá, por meio do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), distribui diariamente cerca de meia tonelada de frutas e legumes para complementar a alimentação dos animais silvestres. Por 34 anos, o servidor Nilson Ferreira percorreu quatro unidades de conservação para executar esse trabalho essencial para a preservação da fauna. Tratador responsável pela alimentação dos animais que vivem nesses locais, seo Nilson, como é mais conhecido, se aposentou em novembro, deixando um legado de dedicação à preservação ambiental e inspiração no serviço público.
Nilson relembra com gratidão os anos de trabalho junto aos animais. “Tem alguns animais que já até me conhecem e geralmente ficam esperando terminar de abastecer os comedouros com as frutas para se alimentarem”, contou sorrindo. O serviço é realizado no Parque do Ingá, Parque Borba Gato, Horto Florestal e Parque Guayapó, áreas que concentram os maiores bandos de mamíferos, como quatis, saguis, macacos-prego e capivaras.
“Diariamente servimos um banquete para os animais, com uma variedade de legumes e frutas, como banana, maçã, melão e mamão”, afirma Nilson. Ele completa, sorrindo: “Os alimentos são de alta qualidade, doados pela Ceasa de Maringá e outros distribuidores”. O trabalho é orientado por biólogos. Embora os animais silvestres encontrem na natureza os recursos necessários para a sobrevivência, fatores como a urbanização no entorno das áreas verdes têm dificultado a busca de alimento para algumas espécies.
Para Nilson, trabalhar com o meio ambiente foi uma experiência marcante. “É uma riqueza, a mesma coisa de ganhar um prêmio que pude ir desfrutando no decorrer da minha vida aqui. Sempre gostei do meu trabalho e não me senti envelhecer, mas sim ficar jovem no Parque do Ingá, que é o coração da cidade”, relatou.
O diretor-presidente do IAM, José Roberto Behrend, destaca o impacto da dedicação do servidor. “O Nilson desenvolveu um trabalho exemplar, comprometido com o meio ambiente e a fauna. Se hoje, quando visitamos os parques ou passamos próximo de áreas verdes, vemos a presença de animais silvestres, devemos ao Nilson, que por meio do seu trabalho e dedicação ao serviço público por 34 anos contribuiu para a preservação do meio ambiente”, afirmou. O legado do seo Nilson continua com o servidor Valdecir Batista da Silva, que trabalhou ao lado dele por cerca de 30 anos.
Alimentar animais silvestres é proibido – A comunidade não pode alimentar os animais, e a prática, além de prejudicial às espécies, configura infração ambiental. “É importante deixar claro que a alimentação indevida por parte da população pode causar prejuízos aos animais e à fauna, por alterar hábitos das espécies e aumentar a possibilidade de desenvolvimento de doenças, impactando diretamente a cadeia produtiva”, explicou o diretor-presidente do IAM.
(Fonte: Comunicação PMM)